A II Guerra Mundial nos Açores: Receios, privações e miséria num ambiente de prevenção armada
A II Guerra Mundial nos Açores: Receios, privações e miséria num ambiente de prevenção armada
Sérgio Rezendes
Autor
Sérgio Alberto Fontes Rezendes nasceu em 21 de abril de 1975, em Ponta Delgada, cidade onde sempre viveu e estudou. É Licenciado em História e Ciências Sociais (Via Ensino) e Mestre em Património, Museologia e Desenvolvimento pela Universidade dos Açores, com a tese “A Grande Guerra nos Açores: Memória Histórica e Património Militar”. Entre 2001 e 2010 foi subdiretor do Museu Militar dos Açores, tendo passado pelo Museu Militar de Lisboa e Arquivo Histórico Militar, onde realizou arquivística. Atualmente é professor do Colégio do Castanheiro em Ponta Delgada. É Doutor em História Insular e Atlântica (séculos XV-XX) pela Universidade dos Açores, com o tema de dissertação “Receios, privações e miséria num ambiente de prevenção armada: ecos da II Guerra Mundial nos Açores.”
Comissário de várias exposições e com vasta obra publicada, é assessor científico do Museu Militar dos Açores, colaborador da Comissão Coordenadora da Evocação do Centenário da I Guerra Mundial e do Centro República e investigador doutorado integrado, do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. Auditor de Defesa Nacional pelo Instituto de Defesa Nacional, dos vários cursos ou ações complementares que detém, destacam-se as intervenções arqueológicas ao nível do Mesolítico e curso Intensivo de Iniciação à Arqueologia Subaquática. Pelo despacho nº 1.311/2014, de 30 de julho de 2014 da S.R. da Educação e Cultura da R.A.A., foi nomeado membro da Comissão Científica e Pedagógica responsável pelas orientações curriculares e metodológicas da Disciplina de História, Geografia e Cultura dos Açores e pelo despacho n.º30/S.E.A.D.N./2014 da Defesa Nacional, como vogal da Comissão de Turismo Militar dos Açores.
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Sinopse
Isolados no Atlântico Norte, os Açores sempre padeceram em contexto de luta pelo domínio dos mares. Durante a II Guerra Mundial, esta realidade não foi diferente. A interação das autoridades civis e militares perante uma mudança imposta por pressões exteriores evidencia a especificidade e vulnerabilidade do seu povo mediante fatores de ordem externa e interna, anómalos ao país e induzidos pela guerra: bloqueio económico, falta de matérias- primas, de géneros alimentares, rarefação dos transportes, inflação, mercado negro, quebra de poder de compra e agitação social, entre mais. Com uma mobilização ímpar, as ilhas teriam graves dificuldades em sustentar a presença de um vasto contingente militar, que distribuído pelas três principais ilhas teria como função defende-las independentemente das lacunas materiais e alimentares, humanas e financeiras. A reconversão do dispositivo militar, de paz para guerra, sobrecarregado pelas facilidades concedidas a povos estrangeiros, agravaria ainda mais uma economia dependente do exterior, expondo as ilhas a fatores como o bloqueio económico e a guerra submarina. Perante um Estado com poderes excecionais, e autoritário, os militares e o povo conheceriam a rarefação, a insegurança e o encarecimento dos transportes, exemplos das múltiplas variáveis que assolariam o arquipélago e que fariam da capacidade de sacrifício dos açorianos, e de entendimento entre instituições, mais do que uma virtude: uma cumplicidade.
Detalhes
Autor: Sérgio Rezendes
Edição/reimpressão: 2019
Formato: 170 x 240 x 31,8 mm
Páginas: 568
Tipo capa: Capa mole
Editor: Caleidoscópio
ISBN: 978-989-658-554-9