O Olho Imperfeito – Reflexões sobre Arte e Arquitectura
O Olho Imperfeito – Reflexões sobre Arte e Arquitectura
António Santos Leite
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Sinopse
Num certo sentido, a vida é sempre insatisfatória, sempre povoada de sonhos e desejos inalcançados, tanto pela crua realidade dos factos, como pela insegurança que advém da indeterminação de um devir que nos reduz no tempo e nos aproxima da morte.
Por isso mesmo, ainda que indeterminadamente, como humanos que somos, somos e seremos morte, pois só os deuses vivem para sempre.
Por este destino mortal, vivemos sempre no limbo de uma ilusória realidade imperfeita – uma vida expectante e indefinida que nunca verdadeiramente compreendemos e que também nunca se completa. Sim, tanto na vida como na morte, a menos que acreditássemos que nos pudéssemos tornar perfeitos e divinos, não nos completamos porque a vida por ser imperfeita nunca se prediz e…, na morte, na morte já não existimos, pelo que aí – talvez – já não nos podemos infinitamente aperfeiçoar.