O Palácio Ratton e os fidalgos da rua Formosa
O Palácio Ratton e os fidalgos da rua Formosa
Helder Carita
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Sinopse
Construído numa zona da cidade de Lisboa com uma forte carga mítica, o palácio Ratton constitui‐se como um dos mais significativos exemplos de palácio do neo‐classicismo em Portugal. As suas linhas sóbrias e depuradas acompanham uma corrente de pensamento fisiocrata e liberal que, recusando o supérfluo e a preponderância da decoração que predominara durante o barroco, marcam um retorno a uma certa simplicidade e despojamento de matriz clássica.
Situado na rua de “O Século”, conhecida durante épocas por rua Formosa, o palácio Ratton perfila‐se numa sequência de importantes edificações nobres, onde se destaca o palácio do marquês de Pombal. Aqui, o marquês foi reunindo um conjunto de grandes comerciantes e altos funcionários régios, que se vão instalando tanto no palácio da sua família como noutros da zona, ou ainda em edifícios construídos pelo poderoso ministro. Jácome1 Ratton foi um dos mais conhecidos representantes desta pequena corte, acabando o seu filho Diogo por aqui construir um novo palácio. Com uma vista surpreendente sobre o jardim, tendo por fundo o estuário do Tejo, o palácio Ratton inscreve‐se numa zona privilegiada da cidade, marcada por bons ares e pontuada por hortas e pomares.
Esta sequência de edifícios palacianos era enquadrada por três conventos cujas cercas constituíam uma zona semi‐rural, conhecida por Cardais, que compreendia o convento de Jesus, o convento dos Cardais e, mais abaixo, fazendo frente para a calçada do Combro, o convento dos paulistas da serra de Ossa.
Detalhes
Autor(a): Helder Carita
Edição: 2023
Formato: 220 x 255 mm
Páginas: 176
Tipo capa: brochado com badanas
Editor: Caleidoscópio