Sinopse
O conceito de património cultural nascido após o 25 de Abrilde 1974, cujo âmbito se viu extraordinariamente alargado, fomentou um interesse renovado pelos usos e costumes de cada povo, quer a nível regional, quer a nível local. Essa nova forma de pensamento atribuiu enorme relevância a aspetos que até então se consideravam simples banalidades, a tudo quanto, de algum modo, se associasse a esses usos e costumes, como as eiras, os moinhos, os fornos, os lagares, os teares e todos os utensílios e artefactos a eles ligados. Tal mutação acabou por incutir nas próprias populações um estímulo, uma autoconfiança, que as levou, de certo modo, a valorizar as formas de vida dos seus antepassados e as suas próprias, libertando-as de algum constrangimento que as possuía e incutindo-lhes, em simultâneo, o desejo de preservar os testemunhos dessa vivência.Tudo isto se traduziu na criação de um conjunto vastíssimo de museus regionais que são, sem dúvida, o veículo da escassa cultura que chega aos meios rurais.
