Santarém Misteriosamente Festiva

De Santarém poderá dizer-se, como poucas cidades portuguesas, que é sobretudo uma “cidade paisagem”, ou seja, onde há uma relação directa entre a visão do construído e a do campo, não obrigando assim o cidadão a subir às muralhas para descortinar o além-Tejo.

A capital do Ribatejo é conhecida como Capital do Gótico, mas é bem mais do que tudo isso! É num olhar de águia que devemos ler. Finalmente, a morfologia escalabitana, quais “dedos premonitórios” como em S. Bento, na Alcáçova, nos Capuchos, no Outeiro da Forca e no Sacapeito, todos eles separados entre si por belos vales que formam esta mão santarena cuja palma se estende do grande planalto, procurando através dos seus interstícios, rever-se languidamente no vasto Tejo.


Few Portuguese settlements can be described as “landscape cities” quite like Santarém. Here, the built environment blends seamlessly with the surrounding countryside, allowing a direct connection to the land. There is no need for the city’s inhabitants to scale the city walls in order to gaze out over the surrounding countryside, and beyond the Tagus.

While Santarém is known as the Gothic Capital of the Ribatejo region, its story spans far more than one era. To comprehend its distinctive shape, imagine viewing it from above, like an eagle soaring high. The city’s terrain resembles the fingers of a hand, with São Bento, Alcáçova, Capuchos, Outeiro da Forca, Sacapeito, and Rafoa standing apart, separated by beautiful valleys. Together, these form the "hand" of Santarém, with its "palm" spreading across the wide plateau, gently reflected in the vast Tagus River below.